Com base no depoimento da deputada Joice Joice Hasselmann (PSL-SP), na CPMI das Fake News, nesta quarta-feira (4), o deputado Túlio Gadêlha (PDT-PE) apresentou ao colegiado um requerimento (290/19) para solicitar ao Poder Judiciário a quebra dos sigilos telegráficos e telefônicos e das mensagens trocadas pelo grupo intitulado “Gabinete do Ódio”, em uma conta na rede social Instagram.
Além das mensagens, Túlio Gadêlha também quer saber os nomes verdadeiros, endereços eletrônicos, telefones dos integrantes e outros dados utilizados para o cadastro dos perfis dos administradores na rede social. “O objetivo é que estas informações, que são elementos materiais, sirvam para embasar o relatório final da CPMI”, afirmou o deputado.
Segundo Joice Hasselmann, os participantes do “Gabinete do Ódio” elaboram um “cronograma de ataques”, visando o “assassinato de reputações” de pessoas que se apresentam como adversários do Presidente Jair Bolsonaro e de pessoas próximas a ele.
Ainda segundo a parlamentar, as articulações envolvem um número considerável de “robôs”, que replicam as mensagens de cyberbullying e escolhem, regularmente, seus “alvos” (pessoas que se manifestaram contrárias ao Presidente Jair Bolsonaro). Essas mesmas estratégias teriam sido utilizadas para favorecer a campanha do então candidato Jair Bolsonaro e de seus aliados aos cargos públicos que hoje ocupam.
Para Gadêlha, a deputada fez algumas revelações importantes – e graves – sobre as milícias virtuais ligadas ao governo Bolsonaro. “Precisamos combater o sistema descobrindo a fonte, mas também os canais de disseminação. Aliás, a prática de difamação e de calúnia se tornou regra no ambiente digital”, critica.
O requerimento ainda será apreciado na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News.
Ascom Lid./PDT com Ag. Câmara