O deputado Dorinaldo Malafaia (PDT-AP) foi um dos agraciados com a Medalha de Mérito Oswaldo Cruz, na categoria ouro, por sua atuação de destaque na área de saúde e, principalmente, pela campanha em defesa da cobertura vacinal. Outras 21 pessoas e 10 instituições também receberam a honraria.
“Alegria e orgulho definem este momento”! É uma grande honra ser um dos dois únicos deputados do país a receber essa homenagem e o primeiro amapaense. Certamente, um dos melhores momentos do nosso ano na luta por uma saúde digna para todos”, declarou Dorinaldo.
Dados da Unicef apontam que, em 2024, o Brasil deixou a lista dos 20 países com mais crianças não imunizadas do mundo. Atualmente, presidente da Frente Parlamentar pela Defesa da Vacina, Malafaia foi um dos dois únicos deputados homenageados pelos trabalhos desenvolvidos na Câmara Federal.
Mas além do trabalho em Brasília, Malafaia tem uma trajetória em defesa da vacina no Amapá. Eleito como o “cara da vacina”, em 2022, o deputado é enfermeiro de formação e esteve à frente da Superintendência de Vigilância em Saúde do Estado, na coordenação do enfrentamento à pandemia da Covid-19 e a vacinação contra a doença. No cargo desde 2017, quando surgiu o órgão, o parlamenta garantiu reduções de doenças como malária, dengue e Chikungunya.
“Eu agradeço aos nossos companheiros de trabalho, da área da saúde, que também integram essa homenagem e contribuíram para esse momento. Esse reconhecimento é importante para o Norte, para um enfermeiro que vem do Amapá “, destaca Malafaia.
Na Câmara Federal, o deputado tem atuado em comissões importantes como a da Saúde e a de Amazônia e Povos Originários, debatendo pautas indígenas, saúde infantil e proteção e desenvolvimento da Amazônia. Na última semana, lançou a Frente Parlamentar pela Eliminação da Malária na Amazônia e busca, para o Amapá, o título de primeiro estado livre da doença.
Ainda no primeiro ano de mandato, Malafaia presidiu a Comissão Mista que aprovou o novo Mais Médicos, ampliando o atendimento da população em regiões distantes dos centros urbanos e garantindo acesso a saúde para quem mais precisa.
Comenda Oswaldo Cruz
Instituída em 1970, a Medalha de Mérito Oswaldo Cruz é concedida a brasileiras, brasileiros ou pessoas estrangeiras que, no campo das atividades científicas, educacionais, culturais e administrativas relacionadas com a higiene e a saúde pública em geral, tenham distinguido de forma notável ou relevante; e tenham contribuído, direta ou indiretamente, para o bem-estar físico e mental da coletividade brasileira.
A honraria é dividida em três níveis: ouro, prata e bronze, cabendo à ministra da Saúde, Nísia Trindade, como chefe do Sistema Único de Saúde (SUS), a distinção e proposta da homenagem, que é feita por meio de decreto do Poder Executivo.
A comenda foi entregue em cerimônia no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira (11), pelo presidente Lula e pela ministra da Saúde Nísia Trindade. Ao abrir o evento, a ministra destacou a importância da colaboração dos homenageados. “Só é possível, realmente, recuperar as coberturas vacinais no Brasil, que se encontravam em queda desde 2016, com o trabalho de toda a sociedade, com o trabalho de cada uma, de cada um de vocês”, pontuou.
Em seu discurso, o presidente Lula asseverou que a pandemia de Covid-19 não tirou mais vidas no Brasil graças a atuação dos profissionais de saúde do SUS. O Brasil só tem 3% da população mundial, mas foi responsável por 10% das mortes das pessoas por Covid. E se não morreram mais de 700 mil, a gente deve à capacidade de trabalho e à honradez de mulheres e homens que trabalham no SUS e que acreditam que a saúde pública pode ser a salvação”, assinalou o presidente.
Ascom Lid./PDT com Notícias do Planalto