Líderes da Minoria, PT, PCdoB e PDT anunciaram, nesta terça-feira (27/06), uma nova estratégia contra o governo Michel Temer. Os deputados defenderam a suspensão do recesso previsto para julho, a fim de analisar a denúncia da Procuradoria-Geral da República que acusa o presidente de corrupção passiva, e reforçaram a obstrução a propostas legislativas e a convocação de manifestações.
A decisão foi divulgada logo após o pronunciamento feito nesta tarde por Michel Temer, que rechaçou a denúncia apresentada ao Supremo Tribunal Federal pelo procurador-geral, Rodrigo Janot. O presidente também questionou a atuação do Ministério Público Federal no caso.
Acompanhado de parlamentares de partidos aliados – o que chamou de “apoio espontâneo” –, Temer disse que a denúncia é “ficção” e afirmou ser vítima de uma infâmia. “Fui denunciado por corrupção passiva, sem jamais ter recebido valores, nunca vi o dinheiro e não participei de acertos para cometer ilícitos. Onde estão as provas concretas de recebimento desses valores? Inexistem”, declarou Temer.
A denúncia da PGR se baseia em diálogos gravados e na delação premiada do empresário Joesley Batista, um dos donos do grupo J&F – que controla o frigorífico JBS e outras empresas – e na ação controlada da Polícia Federal que flagrou o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures recebendo uma mala de dinheiro.
Ascom Lid./PDT com Ag. Câmara