Por iniciativa do deputado Sérgio Vidigal (PDT-ES), a Comissão de Viação e Transporte promoveu, nesta quinta-feira (2/7), um debate sobre a violência no trânsito e as consequências à população brasileira, com a participação de especialistas e entidades responsáveis pela gestão do trânsito e pela reabilitação das vítimas de acidentes.
De acordo com Vidigal, dados da Polícia Federal indicam que o ano de 2014 terminou com quase cem mil e quatrocentos acidentes, e mais de 8.200 mortes. “Este é o momento de discutir a causa de milhares de acidentes ocorridos no Brasil. Grandes são os transtornos familiares e pessoais causados pelos acidentes de trânsito”, salientou.
Para o representante da Associação de Medicina de Tráfego Ocupacional, Dirceu Rodrigues Alves, faltam políticas educacionais que conscientizem e evitem os “incidentes”. Segundo ele, tem que aumentar o número de hora/aula para os que estão tirando habilitação e diminuir o prazo para revalidação da carteira de motorista. Ainda segundo ele, o homem é o único agente causador dos acidentes. “Não foi o acaso, má sorte ou infelicidade. Tudo é fator humano”, afirmou.
A coordenadora do Conselho Nacional de Trânsito, Rita de Cássia Ferreira, refutou as declarações de Dirceu Rodrigues e apresentou políticas para a melhoria no trânsito, que, de acordo com ela, têm surtido efeito. Ela também alegou, que dos 150 milhões dotados no Orçamento da União, nada ainda foi liberado. “O Contran admite o elevado número de acidentes de trânsito, assim como o aumento da frota de motocicletas, fato que preocupa e aumenta o gasto, porque os motociclistas são os maiores responsáveis pelos acidentes nas cidades”, alegou.
O diretor-geral do Detran do Espírito Santo, Fabiano Contarato, fez um apelo aos deputados para alterar o Código de Trânsito Brasileiro, e adotem penas mais duras para quem mata no trânsito. “O Brasil anda na contra mão. O causador de acidente com morte nunca vai preso, a pena dele se resume a pagar uma cesta básica ou prestar serviço comunitário. Essa pessoa tem que ir pra cadeia” considerou.
Ascom Lid./PDT