A CPI do BNDES ouviu, nesta terça-feira (6/10), o presidente da construtora Camargo Corrêa, Dalton Avancini. Na oportunidade, o deputado Sergio Vidigal (PDT-ES) questionou Avancini se o “clube das empreiteiras” seria uma espécie de quadrilha organizada para vencer licitações.
Em delação premiada para a Operação Lava Jato, Avancini detalhou a existência, nas obras da Ferrovia Norte-Sul, de um esquema similar ao “clube das empreiteiras”, que determinava quais empresas venceriam as licitações.
Vidigal também perguntou se o esquema da “quadrilha organizada”, cujo principal objetivo era vencer licitações públicas pagando propina substitui bem o nome “clube das empreiteiras”. Ele ainda questionou se o clube tinha presidente ou coordenador.
Avancini respondeu que não existia quadrilha, mas que as empresas apenas lutavam para defender seus interesses. “Não existia quadrilha da mesma forma que não existia chefe. Éramos todos iguais”, afirmou o ex-presidente da empreiteira.
O deputado quis saber ainda se houve influência de autoridades do Executivo, assim como do ex-presidente Lula, no intuito de conquistar vantagens para a Camargo Corrêa.
Avancini respondeu que nunca houve influência de chefes do Estado ou de Lula para conseguir vantagens para a empreiteira.