“Quando olhamos para o quadro político e vemos contra Dilma os mesmos que fizeram campanha contra Getúlio Vargas, contra João Goulart e contra Leonel Brizola – não podemos deixar de levar em conta a nossa História”, afirmou o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, ao anunciar, na tarde de desta terça-feira(14/7), em Brasília, que o partido continua na base de apoio ao Governo Dilma e à frente do Ministério do Trabalho, tendo como titular o secretário nacional licenciado, Manoel Dias.
A declaração foi feita ao final da reunião de duas horas e meia da Executiva nacional do partido com os senadores, os deputados federais e os presidentes estaduais da legenda – para discutir a atual conjuntura nacional e a participação do PDT no Governo.
– Nossa reunião foi ampla e avaliamos o quadro politico do momento – que é grave. Nela reafirmamos a decisão da direção nacional do PDT de lançar candidatura própria à presidência da República em 2018 e, também, discutimos nossas dificuldades com o governo. A avaliação da maioria é que não é o momento de sair do Governo já que forças antagônicas a nós estão pregando o golpe porque não aceitam o resultado das urnas. Brizola nos ensinou: se nossos inimigos estão de um lado, nós estamos do outro.
Na reunião ficou decidido, também, que a direção nacional do PDT volta a se reunir em meados de agosto para discutir a conjuntura.
— Continuaremos na base do governo, acompanhando todo esse processo em reunião permanente. Achamos o momento grave porque está em jogo a democracia. Começamos a reunião com opiniões divergentes, mas chegamos no final ao consenso de que não é hora de sair do Governo. Temos que pensar mais no Brasil, na Nação. Muito mais do que em qualquer projeto pessoal, individual ou partidário. O Brasil é maior do que todos nós.
Sobre o Ministro Manoel Dias, do Trabalho, que ao chegar ao local da reunião foi recebido com palmas pela direção nacional ampliada, Lupi explicou aos jornalistas que o assunto nem chegou a ser tratado no encontro. “Ele foi discutido dentro da bancada e ficou restrito a ela”.
Ele também destacou:
— Não é hora de aprofundar diferenças. Nós jamais seremos problema para Dilma que precisa se recuperar desse momento difícil. Somos solidários, queremos garantir a democracia e o resultado das urnas. Não é hora de rupturas. Temos queixas, mas isto, para nós, é menor do que está acontecendo no Brasil.
Ascom PDT/O.M