O PDT apresentou na segunda-feira, 8 , ao procurador-geral da República, Augusto Aras, pedido de interdição de Jair Bolsonaro pela forma que o presidente tem conduzido o combate à pandemia da covid-19 no País.
Na representação, o partido sustenta que as mortes pela covid-19 no País e as declarações do presidente evidenciam a falta de “discernimento necessário” ou das “capacidades mentais plenas” a Bolsonaro. Para o PDT, não é “crível que um Presidente da República atue com a finalidade de conduzir a população à morte, tudo para confortar seus anseios e seu apreço pelo sofrimento, em detrimento da vida humana”, informa.
“Nós já fizemos de tudo. Estamos na Corte de Haia contra ele por esse crime contra a humanidade, no Supremo Tribunal Federal e, agora, eu vou pedir ao nosso jurídico para fazer a interdição”, explica, ao acrescentar: “Eu acho que ele é louco e precisa ser interditado antes que mais brasileiros morram por sua loucura,” diz Carlos Lupi, presidente da legenda.
O pedido avalia como “errática, maledicente e tresloucada” a série de ações do Executivo nacional para conter a disseminação do novo coronavírus.
De acordo com o texto, “ressoa inconteste que o Senhor Jair Messias Bolsonaro não está – ou nunca esteve – na plenitude das suas faculdades mentais, no que se mostra incapaz de medir as consequências de suas ações, notadamente quando age de forma renitente em colocar a vida da população brasileira em risco”. Também segundo o documento, “Bolsonaro age na contramão dos atos que uma pessoa em plena saúde mental agiria, especificamente porque tem a finalidade deliberada de causar danos à população brasileira, conduzindo o país ao abismo com as suas condutas negacionistas e obscurantistas em detrimento da ciência”.
Para Lupi, o volume de mortes de Covid-19, desde o começo de 2020, foi diretamente potencializado por Bolsonaro, que confronta diretrizes científicas a partir de ações negacionistas. O pedetista destaca ainda, como exemplo, o atraso do plano nacional de imunização.
Ascom Lid./PDT com PDT Nacional