A reforma previdenciária dos militares foi o tema de debate, nesta quara-feira (14/12), com representantes de policiais e bombeiros militares de todo o Brasil. A convocação pública foi organizada pelo deputado Subtenente Gonzaga (PDT-MG) para discutir a aposentadoria dos militares, ameaçada pela PEC da Reforma da Previdência, do Executivo.
O texto original da Reforma trazia dois artigos, o 42 e o 142, que retiravam direitos de militares na reserva, reformados e pensionistas militares. O presidente Temer, depois da pressão exercida pelo Subtenente Gonzaga e outros parlamentares representantes da categoria, retirou os artigos 42 e 142 do texto da PEC. Porém, pontos da matéria que ainda fazem menção aos artigos 42 e 142 ainda estão presentes no texto que será analisado pela Comissão Especial criada para tratar da Reforma da Previdência.”Nós temos clareza e informações mais do que robustas do esforço, do empenho e da pressão que os governadores de estados estão fazendo no Governo Federal,especificamente na equipe econômica para incluir os militares estaduais na regra federal para que eles não tenham que lidar com uma reforma de previdência dos militares nos estados”, explicou o Gonzaga.
Mais de 500 representantes de policiais e bombeiros militares de 24 estados compareceram à convocação pública. Policiais também se pronunciaram contra a reforma da previdência e cobraram garantias de que os artigos que prejudicavam os militares não fossem reintroduzidos na matéria durante a discussão na Comissão. Gonzaga relembrou ainda que Temer, que havia se comprometido a não mexer na previdência militar, incluiu num primeiro momento os militares estaduais nessa regra e só recuou diante da pressão dos parlamentares. Os militares garantiram que vão estar atentos a novas tentativas de trair os policiais e bombeiros militares estaduais. Gonzaga finalizou o encontro dizendo que apresentará uma emenda na Comissão Especial retirando definitivamente os últimos resquícios dos textos prejudiciais ao segmento: “Nós estamos aqui para dar um recado claro pro governo federal e pros governadores estaduais no sentido de que não vamos admitir e que vamos resistir a qualquer custo à entrada dos militares na Reforma da Previdência.”